quinta-feira, 5 de março de 2009

Anúncio do ministro Jaime Silva: Jovens agricultores vão ter apoio adicional para iniciarem actividade

Os jovens agricultores vão ter um apoio adicional ao início de actividade durante cinco anos, uma forma de atrair novos profissionais para o sector, afirmou hoje o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.

Jaime Silva, que falava no encerramento do congresso “Estratégias para as Novas Agriculturas”, em Lisboa, disse que, “para atrair jovens com formação para o sector, serão dadas ajudas durante cinco anos, um acréscimo ao rendimento para poderem instalar-se”.

As ajudas aos agricultores são definidas com base no histórico da produção, o que no caso dos jovens em início de actividade não existe e se torna uma desvantagem competitiva, explicou o ministro.

Em declarações à agência Lusa à margem do congresso, Jaime Silva avançou que o apoio será de 260 euros por hectare e por ano, um montante que se junta à ajuda de instalação de cerca de 40 mil euros.

Agricultores com nova linha de 175 milhões

Durante o seu discurso no congresso, o ministro falou num conjunto de medidas de apoio aos agricultores, como uma nova linha de crédito de 175 milhões de euros, a aguardar publicação em “Diário da República”, ou o subsídio a fundo perdido de 15 milhões de euros para a aquisição de equipamentos visando a eficiência energética.

O ministro referiu ainda que vai ser aprovado um novo programa para sectores que podem ser afectados pela crise, como o leiteiro, com o objectivo de ajudar à competitividade das explorações.

Este programa oferece uma majoração no investimento realizado pelos agricultores e está em discussão pelo sector da produção de leite, disse à Lusa Jaime Silva.

Este sector, que tem actualmente um sistema de quotas ao nível europeu, “deve preparar-se para a liberalização que vai correr em 2013, investindo na competitividade, acrescentou.

O responsável governamental apontou ainda a decisão de destinar alguns apoios aos agricultores “com determinada idade” que queiram sair da actividade, para que possam fazê-lo “com dignidade”.

Fonte: Público