sexta-feira, 30 de junho de 2006

Sem dúvida uma construção polémica

Caros cidadãos, a propósito da construção de uma infra-estrutura perto das Piscinas Municipais, venho por este meio salientar o meu desagrado para com tal situação, pois considero que o interesse de privados, está a prejudicar um bem comum, ou seja, as nossas Piscinas Municipais. Na qualidade de cidadão, comprei numa feira do livro em Lisboa, um rico livro relativo a toda e qualquer legislação autárquica, entre as quais consta a POLÌTICA DE ORDENAMENTO, ou seja, política de ordenamento do território. Uma vez que o Sr. Engenheiro Agnelo me disse, que esta obra na zona das Piscinas Municipais se tratava apenas de um mero cumprimento Legislativo Autárquico, segundo o qual, eu tenho muitas dúvidas, não da intenção da intenção da Câmara Municipal, mas do conhecimento que os seus responsáveis terão em relação a algumas leis relativas ao ordenamento do território. Numa parte do livro existe um subtítulo assim “ Dever de ordenar o território” e a seguir a este titulo diz – “O Estado, as regiões autónomas e as autarquias locais devem promover de forma articulada, políticas activas de ordenamento do território e do urbanismo, nos termos das suas atribuições e competências dos respectivos órgãos, de acordo com os interesses públicos e no respeito pelas liberdades e garantias dos cidadãos. (as competências nestas matérias de ordenamento do território, estão, no caso de Portugal continental, no Estado e nas Câmaras Municipais, por isso, a menos que o governo tenha autorizado a construção daquele prédio ali, a responsabilidade daquela obra está nas mãos da Câmara Municipal, pois naquele caso, as piscinas são do interesse público, e como é normal, a falta de privacidade nas piscinas, que todos os mangualdenses pagaram, também são. Por isso, esta obra pode ser impugnada em Tribunal e até anulada pela Câmara Municipal, desde que ela assim o entenda)
Mais a baixo, o livro tem um outro subtítulo que diz”Princípios Gerais” (princípios gerais do ordenamento do território), a política de ordenamento do território e de urbanismo obedece a princípios gerais de:
A) Sustentabilidade e solidariedade intergeracional, assegurando a transmissão às gerações futuras de um território e de espaços edificados correctamente ordenados. (a meu ver a construção do novo prédio não zela: pelas gerações vindouras, pois as piscinas vão perder qualidade com a construção do edifício ali, e a paisagem também perde muita beleza, a pesar até o facto de o prédio até ter muita beleza, mas não a suficiente para aquela zona, pois trata-se de uma zona de grande beleza natural, a vista para a serra, apesar da várias construções existentes naquele local, embora nenhuma delas com a altura do prédio).
B) Economia, assegurando a utilização ponderada e parcimoniosa dos recursos naturais e culturais. (economicamente a obra não é boa, pois as piscinas vão perder clientela dada a sua falta de privacidade, o que é mau para as finanças da Câmara, que já não têm grande saúde financeira. Quanto aos recursos culturais estes perdem muito com esta nova obra, pois as piscinas são um recurso cultural, quer queiramos, quer não, ir à piscina é lúdico, cultural e até desportivo).
C) Coordenação, articulando e compatibilizando o ordenamento com as políticas de desenvolvimento económico e social, bem como com as políticas sectoriais com incidência na organização do território, no respeito por uma adequada ponderação dos interesses públicos e privados em causa. (este é um dos pontos onde parece que não estou de acordo com a Câmara, pois eu não sou a favor da construção do prédio, mas sim a favor de construção de moradias, o que economicamente não é bom para o proprietário, o que eu lamento. Penso que nenhuma obra pública deve ser prejudicada por causa do interesses de alguns, é neste ponto que a obra pode ser impugnada).
D) Subsidiariedade, coordenando os procedimentos dos diversos níveis da administração pública, por forma a privilegiar o nível mais próximo decisório mais próximo do cidadão. (qual é que é o nível mais próximo do cidadão no caso de este imóvel a construir? É obviamente a Câmara Municipal, ou um cidadão vai pedir ao Governo para construir um prédio.)
E) Participação, reforçando a consciência cívica dos cidadãos através do acesso à informação e à intervenção nos procedimentos de elaboração, execução, avaliação e revisão dos instrumentos de Gestão territorial. (vejam bem a longitude deste artigo, trata-se de um artigo alusivo à participação dos cidadãos no ordenamento do território, que é o que estou a fazer. Cabe à Câmara Municipal informar os mangualdenses, sobre as políticas da ordenamento do território, pois a lei assim o diz, embora esta possa caber também ao Governo, mas neste caso a obra é da responsabilidade da Autarquia, por isso, esta tem de informar. Recordo até, que tenho sido mal informado relativamente à política de ordenamento do território, embora hajam cidadãos interessados pelo concelho que o façam, a quem eu agradeço, no caso desta obra, o Mocho)
F) Responsabilidade, garantindo a prévia ponderação das intervenções com impacto relevante no território e estabelecendo o dever de reposição ou compensação dos danos que ponham em causa a qualidade ambiental. (como é sabido, naquela zona a qualidade ambiental está a baixar dadas as enumeras construções naquela área, e esta nova obra tem um impacto relevante naquela zona, o que poderá fazer com que vários cidadãos, peçam compensações pelos danos causados, embora remota possa parecer essa hipótese.
Mais a baixo o livro tem mais um subtítulo que diz”Objectivos do ordenamento do território e do urbanismo”.
1- O ordenamento do território e o urbanismo prosseguem objectivos específicos consoante a natureza da realidade territorial subjacente, promovendo:
A) A melhoria das condições de vida e de trabalho das populações, no respeito pelos valores culturais, ambientais e paisagísticos. (esta obra não melhora as qualidades de vida em geral e no caso da paisagem, esta não está a ser preservada, pois trata-se de um "mamarracho", num belo local).
B) A distribuição equilibrada das funções de habitação, trabalho, cultura e lazer.
Desculpem, mas não posso estar de acordo com a Câmara neste ponto, ainda que até queira, havendo no entanto a possibilidade de a lei ter sido alterada, e eu não ter tido acesso a ela, e nessa medida, a Câmara pode estar correcta. Muitas das leis citadas anteriormente fazem-me muito sentido, e penso que mesmo que possam ter sido alteradas, não poderão estar muito diferentes. Não venho por este meio fazer qualquer tipo de oposição, apenas salvaguardar um interesse público em Mangualde, pois nos dias de calor um mergulho até à hora de jantar, é uma coisa que não deixo de fazer.
Os maiores cumprimentos

quarta-feira, 28 de junho de 2006

Jantar de apoio a João Tiago Henriques


Caros Jovens Socialistas e simpatizantes:
o nosso camarada e amigo João Tiago Henriques, é candidato a Secretário Geral da Juventude Socialista, como já o tinhamos anunciado há algum tempo atrás!
Com o orgulho e solidariedade para com a sua candidatura, a concelhia da Juventude Socialista de Mangualde, resolveu mostrar um pouco da sua gratidão pelo trabalho desenvolvido ao longo destes anos... Oferecer um pequeno tributo... símbolo de uma grande amizade!
Espero que possas comparecer a este jantar de apoio, que será realizado no próximo dia 8 de Julho, no Café Moderno pelas 20 Horas.
Comparece! Não deixes de mostrar o teu apoio a um Mangualdense empenhado nos problemas do nosso concelho e do nosso país .
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Saudações S ocialistas
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Marcações: 91 4862331, 966349329 - Vanda Coelho.
O preço do jantar: 10 Euros.

terça-feira, 27 de junho de 2006

Doenças à venda

Segundo consta, um jornal britânico adquiriu o vírus da varíola pela Internet, e também ao que parece com grande facilidade. A firma que vendeu este vírus de grande capacidade infecciosa, para o qual nem sequer somos vacinados, uma vez, que a varíola é uma doença epidémica nos países africanos, mas não no Mundo Ocidental. Curioso é o facto de não haver qualquer controlo por parte de autoridades nacionais, ou até mesmo internacionais, a este tipo de comércio, que a todos pode por em perigo; pois ao que sei, esta é uma doença de transmissibilidade fácil. Enfim, parece ser sem dúvida um caso de negligência por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), derivado claro, a um desconhecimento da situação. A OMS é a organização internacional responsável por extensos programas de vacinação, onde entre as doenças a prevenir, se encontra a varíola. É bom salientar, que o fácil acesso a este tipo de substâncias virulentas, pode dar origem a uma guerra biológica, que muitos milhares ou mesmo milhões de pessoas poderá por em causa. Será que esta vai mesmo ser a nova forma de guerra.

domingo, 18 de junho de 2006

Eleição de Delegados

Camaradas:
as eleições dos delegados da Concelhia de Mangualde ao Congresso Nacional da JS, são já no dia 24 de Junho ( próximo fim de semana). A Assembleia decorrerá das 14h às 19h e terá como ponto único a eleição dos delegados.
A JS Mangualde, tendo em conta o número de militantes inscritos, terá direito a eleger 3 delegados cujas listas deverão ser entregues até 1h antes do início da AC.
Em conformidade com as convocatórias, o acto eleitoral decorrerá na sede do Partido Socialista de Mangualde.
Saudações Socialistas

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Uma "LETRA" sempre actual: cuidado com as imitações

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Estimado ouvinte, já que agora estou consigo
Peço apenas dois minutos de atenção
É pra contar a história de um amigo
Casimiro Baltazar da Conceição
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O Casimiro, talvez você não conheça
a aldeia donde ele vinha nem vem no mapa
mas lá no burgo, por incrível que pareça
era, mais famoso que no Vaticano o Papa
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O Casimiro era assim como um vidente
tinha um olho mesmo no meio da testa
isto pra lá dos outros dois é evidente
por isso façamos que ia dormir a sesta
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Ficava de olho aberto
via as coisas de perto
que é uma maneira de melhor pensar
via o que estava mal
e como é natural
tentava sempre não se deixar enganar
(e dizia ele com os seus botões:)
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Cuidado, Casimiro
cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações
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Lá na aldeia havia um homem que mandava
toda a gente, um por um, por-se na bicha
e votar nele e se votassem lá lhes dava
um bacalhau, um pão-de-ló, uma salsicha
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E prometeu que construía um hospital
Uma escola e prédios de habitação
e uma capela maior que uma catedral
pelo menos a julgar pela descrição
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Mas... O Casimiro que era fino do ouvido
tinha as orelhas equipadas com radar
ouvia o tipo muito sério e comedido
mas lá por dentro com o rabinho a dar, a dar
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E... punha o ouvido atento
via as coisas por dentro
que é uma maneira de melhor pensar
via o que estava mal
e como é natural
tentava sempre não se deixar enganar
(e dizia ele com os seus botões:)
*
Cuidado, Casimiro
cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações
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Ora o tal tipo que morava lá na aldeia
estava doido, já se vê, com o Casimiro
de cada vez que sorria à plateia
lá se lhe viam os dentes de vampiro
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De forma que pra comprar o Casimiro
em vez do insulto, do boicote, da ameaça
disse-lhe: Sabe que no fundo o admiro
Vou erguer-lhe uma estátua aqui na praça
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Mas... O Casimiro que era tudo menos burro
tinha um nariz que parecia um elefante
sentiu logo que aquilo cheirava a esturro
ser honesto não é só ser bem falante
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A moral deste conto
vou resumi-la e pronto
cada qual faz o que melhor pensar
Não é preciso ser
Casimiro pra ter
sempre cuidado pra não se deixar levar.
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* Sérgio Godinho


Se pensarmos bem, isto é o que continua a acontecer (embora na música, esteja de forma figurada)