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Trabalhadores da Citroën de Mangualde tomam posição ainda hoje sobre possível deslocalização

Por Lusa
Trabalhadores da Citroën de Mangualde tomam às 23:00 de hoje, hora de mudança de turno, posição sobre a possibilidade de a fábrica, pertencente ao grupo francês PSA, vir a ser deslocalizada.

Os trabalhadores foram hoje surpreendidos com o apelo do ministro da Economia para que sejam disponibilizados "rapidamente" os terrenos necessários à expansão da fábrica de Mangualde e assim se evite a sua deslocalização para Marrocos.

"Faço um apelo a quem tem capacidade para resolver a questão dos terrenos em Mangualde para o fazer rapidamente, uma vez que a unidade é extremamente importante em termos de emprego, em termos nacionais e regionais", declarou Manuel Pinho no final do Conselho de Ministros.

Contactado pela Agência Lusa, Jorge Abreu, trabalhador da Citroën, remeteu uma reacção para as 23:00, na entrada da fábrica.

Já em finais de 2006, tinha sido noticiada a possibilidade de encerramento da fábrica de Mangualde.

Em Novembro desse ano, a direcção da Peugeot Citroën Automóveis de Portugal SA tinha alertado a autarquia, por carta, que, caso não desse resposta às suas necessidades de terrenos para aumento de instalações, o centro de produção poderia ficar fora do plano de desenvolvimento estratégico do grupo francês.

Na altura, quer Manuel Pinho, quer a PSA, negaram a intenção de fechar a fábrica de Mangualde e garantiram que estavam em curso negociações para a aquisição dos terrenos.

Hoje, a Lusa tentou falar com o presidente da autarquia, Soares Marques, que remeteu uma resposta para sexta-feira.

Também nas instalações da Citroën de Mangualde e na sede da PSA, em Paris (França), não foi possível durante toda a tarde contactar com qualquer responsável para obter esclarecimentos.