quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

Para reflectir.....

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Relativamente à iniciativa do dia 7 de Janeiro passado organizada pela Federação Distrital de Viseu da Juventude Socialista em parceria com a Concelhia de Mangualde- ONESEBS
foi , do meu ponto de vista, bastante interessante, se reflectirmos bem nela.

Falar em Associações de Estudantes é falar em juventude, e juventude é sinónimo de futuro e de progresso e não de uma geração rasca como fomos em tempo conotados.
Falar em Associação de Estudantes, obviamente, é falar nas Escolas e nos estudantes.
E as escolas, têm um papel importantíssimo na nossa aprendizagem e consequentemente na sedimentação da nossa cultura e na formação de todos os jovens. As escolas são por assim dizer parte integrante do nosso desenvolvimento.

Mas, e, quem é a Escola?
Somos todos nós, professores, alunos e comunidade. A escola tem que comungar da sociedade e o papel das Associações Estudantis é serem o elo de ligação da escola à comunidade.

Porque nós vimos da comunidade (meio externo) e na escola outro meio se criou – o interno, o meio estudantil. E, tal como na sociedade civil, existem associações em prol do desenvolvimento de qualquer realidade; nas escolas essas Associações, também têm deveres, como o da informação que levará à discussão de temas tão pertinentes como a sexualidade, a droga, o HIV, o desemprego, a inflação, a política, e outros, que mantenham os jovens informados e participativos com os problemas da sociedade que são e serão os problemas que eles um dia terão de enfrentar.

Por estas razões, escola (professores, alunos, AE) e comunidade, jamais se poderão dissociar.

A questão que eu coloco é muito simples mas é alvo de alguma controvérsia e contestação: deverá haver politização ou partidarização nas Associações de Estudantes?

Neste sentido, em minha opinião, considero o movimento associativo como um espaço onde se deve fazer a defesa dos interesses e direitos dos estudantes, não numa perspectiva de instrumentalizar e colocar a nossa ideologia política, mas na perspectiva de fazer o melhor pelos nossos estudantes.
Participar na Escola, formar dirigentes associativos Sim, instrumentalizar as AE Não. Quer isto dizer que o protagonismo das AE e dos dirigentes associativos não deverá depender das juventudes partidárias mas sim da competência de quem representa os estudantes no seio das AE.
E é nesse âmbito que a criação dos “núcleos de escola” se torna importante para a Juventude Socialista! Só assim a actuação dentro das Associações passará pelo incentivo à participação activa na vida dos estudantes e na construção de uma política educativa justa, de qualidade, capaz de corresponder às exigências e desafios futuros.

O futuro da JS não deverá depender das AE pois, como já foi referido o nosso papel não passa por instrumentalizar as mesmas. O nosso papel nesta matéria é o de ajudar no que é necessário, nomeadamente pela informação do papel das AE na vida portuguesa.
Não nos podemos esquecer que as AE são uma verdadeira escola da Democracia, uma verdadeira escola da participação política. Não devemos confundir política e partidos. Todas as associações e organizações desenvolvem política nos campos específicos e consoante os fins para que estão confinadas.
Assim, dever-se-á formar os dirigentes associativos em prol de uma verdadeira politica de educação dignificante em Portugal. Construindo com os seus estudantes capazes de responder às necessidades dos estudantes e na construção de um Portugal Melhor.